Ela já não sabia distinguir realidade de ilusão. Sonhava com seu cheiro. Mas não era real.
Ela sabia que tinha que voltar pra casa. Mas não queria.
Ela queria continuar aquele sonho, sonho que ela mantinha acordada.
Ela não sabia seu cheiro, não sentia seu toque, ela nunca sentiu o seu gosto. Mas ela sabia que tinha que esperar...
Ela sabia que em algum momento ele ia vir, e ia aparecer, e também ia desaparecer. Como todos os outros sonhos bons. Mas ela não tinha medo.E tomava outra xícara de café.
Ele bebia vinho em outro canto da cidade. Longe demais pra se comunicar, mas ela nem tinha dado o numero de seu telefone...
Um dia eles se encontraram, mas ele não soube o que dizer, ela puxou conversa e pareceu tola. incrível a arte de ser babaca quando estamos apaixonados. Apaixonados? Ela pensou. Não...Ela não. Ela já havia se apaixonado tantas vezes...Não saberia quando tivesse chegado a hora?
Por vezes ela acha que enlouqueceu, por outras ela está certa!
Ela não sabe, que sabe o que quer.
Ele sente ciumes de outros, mas ele tem alguém. Alguém que vai embora. Alguém que não pode suportar. Ele não sabe explicar, ela não consegue entender.
Ele disfarça. É ciumes. Ele é forte demais pra assumir ciumes.
Ela não entende.
Ela entende, mas finge. Ela quer abraço, ela quer promessas. Ela não quer nada. Ela sabe que ninguém é de ninguém. Ela engana o narrador.
Em sonhos eles se encontram, apenas em sonhos. Como se o mundo fosse deles. E por que não é na vida real?
Ela se pergunta, e não faz nada a respeito. Ela aprendeu que sonhar não custa nada. Ele nem sabe do que se trata....
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Que loucura!
ResponderExcluirMas é assim, amor e sedução, um desencontro divertido e bem louco.
Gostei da leveza e descompromisso do texto.
Beijos Paulinha