O magma que se derrama e se resfria formando ROCHAS. Se não fosse a dor não seria você.
As fezes que adubam a terra dando vida as árvores. Se não fossem as decepções não seria você.
Os animais sacrificados que nos servem proteínas. Se não fossem os cortes, você não saberia se curar e não seria você.
Se não fosse a endorfina responsável pelo esquecimento, e se não fosse você a lutar contra ela... Não seria você.
Às vezes você quer voltar e apagar tudo o que fez mal, aí você lembra que se voltar e mudar, a vida não teria tomado o mesmo rumo e aí, hoje não seria você.
Se não fosse o abandono, as lágrimas, a fome, as noites frias, as mentiras, o desespero, a morte, a vida, a luta, a volta, a cor, a rocha, o sol, o vento, e os monstros dentro do armário, você não saberia olhar em baixo da cama sem medo.
Por vezes você pensou em culpar alguém,as vezes culpou. Mas se não fosse o mundo não seria você.
E então você descobre que o amor é a única bagagem que você pode levar, e que deve continuar andando. Às vezes como num desenho animado, onde bigornas caem em cima de você o tempo todo, e que há alguém na plateia rindo, mas você precisa continuar andando.
E você teve muitos exemplos durante a vida do que não ser. Então se segure e não tenha medo. Você não pode mudar nada do que passou e se pudesse não seria você. Mas você pode fazer diferente, pode não ser nada disso, pode ser você mesma. Mesmo que no meio dessa confusão você nem saiba quem é você.
Não dá para sofrer quando alguém não quer te ver mais. Quando aquela amiga querida não liga. Quando se manda um email ou SMS urgente com pedido de resposta que nunca chegará. Não vale a pena insistir em um trabalho impossível. Em um amor invariavelmente (porque às vezes é possível conquistá-lo, sim) unilateral. Contrariando todos os livros de auto-ajuda, é preciso saber a hora de voltar ou de ir embora. E isso não é derrota, é sabedoria. Mas você pode se orgulhar por ter passado por tudo isso e ter dado a volta por cima. Ou pode ficar aí chorando. A escolha é sua.
domingo, 26 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Me desmancho, me recomponho. O peso do mundo nas costas é
brincadeira de criança. Sento e refaço os pontos, estou em todos os cantos e
isso me cansa. Disfarço as olheiras com cultura – são noites em claro lendo
desesperadamente livros onde a mocinha tem final feliz-. Eu sou mocinha? Eu sou
a bandida? Quem eu sou, afinal? Poderia te levar onde não existe razão e que
não fosse preciso motivos para explicar. Onde apenas eu possa te completar e
você me bastar. Mas na maioria das vezes estou muito cansada então proponho
esse filme e essa pipoca. Aceite essa
procrastinação, é de todo coração. Proponho um passeio nesse meu devaneio,
passeia sua boca em mim? Te espero acordada, na verdade sempre ligada, um pouco
de silêncio seria bom dentro da minha cabeça. Mas não pense que é queixa, meu
cansaço aparente some de repente se ouço a sua voz. A ideia era um decassílabo,
mas como acima foi dito, vence a procrastinação. Ás ideias contrárias, o café
na toalha, a chamada perdida, a vida, a vida! Mas se você vem eu repito, pra
você eu não minto, e conto direitinho como acho que perdi a razão. Encontro em
seus braços esperança, aí eu descanso, em sorrisos ou prantos afinal, sempre
cabe ao amor te aliviar do que te cansa.
sábado, 11 de maio de 2013
Essa noite sonhei que você ia embora. Tive medo. Oras, eu não tenho medo de nada. Acordei e fui olhar sua parte no guarda-roupa. Sim, você não sabe, mas aquela parte é sua. Sua blusa ainda tinha seu perfume. Por segundos pedi a Deus que o romance terminasse por medo que o romance terminasse. Você sabe que não sei lidar com o amor. Fui criada na utopia de muitos autores, porém a vida me fez ceticista. Você não tinha o direito de estragar tudo. Hoje eu olho pra trás e enxergo uma vida sem paixão. Obrigada por me fazer descobrir que era tudo uma merda. Toda manhã eu me encorajo como um narcótico anônimo: Só vou amar por hoje. Eu sei que é engano. Quer saber? Eu acho que vou te amar pra sempre. Sim eu sinto ciúmes. E não, eu não vou melhorar ou amadurecer. Eu não sei lidar com isso, e pra falar a verdade eu nem quero. Não vou deixar as coisas que amo livres, mas posso regar os jardins para que fiquem. Se você for, leva metade de mim. A metade que fica não sabe lidar com isso. Se você fica, as metades que se juntam também não sabem lidar com isso. Se eu fosse você teria vergonha por me deixar assim tão patética. Quando você vai Alzira Rufino entoa cânticos nos meus ouvidos, quando você vem, Clarice falcão compõe uma nova musica. Mas eu não sou frágil, eu não sou frágil, eu não sou frágil! Deixa eu deitar no seu colo e te explicar enquanto você me faz cafuné, e me faz sentir segura e plena em seus braços, o quanto eu não sou frágil.
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