quinta-feira, 4 de abril de 2013
Basta um olhar pra saber o que nem os lábios ousam dizer. A voz trancada na garganta... Isso me dá medo e me encanta, mas não tenho coragem pra prosseguir. Sei que não vou resistir, tenho que me decidir, só não sei como começar. Sem falar eu não aguento, sinto soprar no vento a voz que ainda não saí. Nada ou tudo é extinto, digo clarezas, não minto, só não consigo entender. A noite calada e fria traz a ilusão sombria de te ter e perder. Joguei passado no asfalto, ganhei teu coração em um assalto e fiquei surpresa, pois te amava mais que queria. É o coração que bate a razão que rebate e a emoção no empate. O minuto que antecede o beijo, a paz de deitar em seu peito, ainda não sei se vou suportar. O ego fala mais alto, a paixão se embrulha em um saco e o egoísmo o põe porta a fora. Isso não são horas! Vá deitar-se, menina. Amanhã quem sabe o tempo ou um beijo ajeita as coisas no lugar.
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