sábado, 9 de março de 2013
Sobre pessoas
Então... Fui a uma livraria semana passada e estava perdida, já tinha lido todos os lançamentos, quase todos os clássicos (não gosto de clássicos) e tinha acabado de ler “água para elefantes”, ou seja, estava enternecida com a historia e a procura de um outro livro no estilo (mulherzinha), só pra manter a vibe romântica que parece ter agradado o boyfriend (que ele não leia, mô te amo). Olhei e nada, alguns melodramáticos de mais, outros autoajuda de mais, então me deparei com uma capa simplória, o titulo tão simples quanto , e uma critica do Publishers Weekly: “ Uma história arrebatadora, que permanecerá por muito tempo na memória do leitor”. O livro chama-se “Tão mais bonita”; Ora, logo imaginei uma historia de amor onde à mocinha no final se descobre linda, e encontra o príncipe encantado. Ledo engano, o livro fala de vários personagens ao mesmo tempo (é preciso muita concentração pra não se perder), fala de dois pais que resolvem abandonar a cidade grande para criarem sua filha em uma pequena cidade do interior. Os anos passam e a menina cresce - é inteligente, bonita, uma excelente esportista. Mas é bastante diferente de todas as crianças. Fala também de uma jornalista, que vive atrás de um grande furo de reportagem, mas durante algum tempo suas principais matérias são sobre Alice, a menina-prodígio. Até que Wendy White, que trabalhava como garçonete, some. Stacy sente que precisa ajudar a resolver o caso, precisa encontrar a menina com vida. Wendy White era noiva do filho de um dos homens mais ricos da cidade, provinciana com prazer, não queria abandonar a sua cidade como as outras jovens faziam, mas teve um fim trágico. (quer saber? Se eu não der o spoiler ninguém vai entender este texto) Então, meus caros, Wendy White some, na verdade ela está escondida na fazenda do noivo sequestrada pelo irmão e pai do mesmo, onde é submetida a todo tipo de violência por pelo menos 20 homens – amigos do futuro cunhado-, e quando quase morta é deixada em uma floresta para que morra sozinha. Triste, né? Pois bem, ela foi vingada. Alice, a menina-prodígio, desvendou o mistério. Só que Alice tinha sentimentos anarquistas e pensou que os denunciando, voltariam a matar, violentar, etc, depois de soltos. Alice aproveitou uma festa à fantasia na escola, tirou uma arma da bolsa, e matou um por um. Vocês se lembram do titulo do texto? Isso mesmo: “Tão mais bonita”. Nada a ver, né? Pois é, assim são as pessoas. A primeira impressão é a capa, a segunda são as criticas que são feitas dela, e daí se você para na capa ou nas criticas não descobre o conteúdo maravilhoso que existe dentro dela. Uma personalidade agressiva pode esconder solidão, alguém muito calado pode ter se machucado muito se expondo de mais, uma pessoa efusiva ao extremo pode esconder uma grande tristeza. Vá além da capa e das criticas. Leia as pessoas. Algumas vão te decepcionar, mas você terá adquirido alguma “cultura”, e pelo menos alguma coisa nova ela te ensinará. O final de Alice Piper você descobrirá lendo o livro. (Rá)
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